História de
Campinas
por
Luiza Chelegon Cúrcio
luiza@webcampinas.com.br
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De povoado a metrópole:
Centro
de Campinas |
Campinas,
município do estado de São Paulo, é a
principal cidade da Região Metropolitana de Campinas (RMC).
A cidade teve seu início entre 1739 e 1744 com a chegada do
Capitão Francisco Barreto Leme. O capitão saiu de sua
terra natal, Taubaté, para se estabilizar em Jundiaí e
tomar posse de uma sesmaria na região.
Campinas do Mato Grosso, que era constituída basicamente de
floresta densa e inexplorada, tornou-se rapidamente o maior pólo
açucareiro do estado. A principal mão-de-obra utilizada
pela família Leme e sua sesmaria era a indígena escrava.
Junto com Morgado de Mateus, autor intelectual da fundação
de Campinas, Barreto Leme foi peça chave da urbanização
da área.
Morgado de Mateus, nobre português da família Cabral,
fundou Campinas na tentativa de reunir a população
esparsa pelo estado. Atividades como o cultivo de cana e a agricultura
foram incentivados no projeto urbanístico do português.
A data de fundação oficial é 14 de julho de
1774. Neste dia foi celebrada a primeira missa, que oficializava
a fundação da Freguesia Nossa Senhora de Conceição
de Campinas. Posteriormente o povoamento foi elevado à categoria
de vila com o nome de Vila de São Carlos. Finalmente recebeu
o título de cidade em 5 de fevereiro de 1842, com 2107 habitantes
e cerca de 40 casas. O nome foi reduzido para Campinas e assim permanece
até hoje.
Dividida entre a cana de açúcar e o café, Campinas
rapidamente se firmou como pólo agrícola do estado
de São Paulo. O cultivo de café impulsionou o rápido
desenvolvimento da região e incentivou a vinda de trabalhadores,
que dividiam o trabalho na lavoura com os escravos. Atividades produtivas
rurais e urbanas surgiram com o rápido desenvolvimento da
economia. Em 1872, graças ao plantio de café e a construção
da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, Campinas passou a ser
uma das maiores cidades do País.
Nesta época, Campinas recebeu o título de Cidade das
Andorinhas. Como parte de sua rota migratória, as andorinhas
passavam pelas fazendas de café. Rui Barbosa, escritor e fundador
da Academia Brasileira de Letras, escreveu uma crônica ao observar
o céu de Campinas. Sua crônica correu o Brasil e divulgou
a cidade.
A esperança de uma vida mais digna impulsionou o fluxo migratório,
de diversos países. Centenas de italianos e migrantes brasileiros
duplicaram a população da cidade. Com a crise da economia
cafeeira, iniciada da década de 1930, a economia de Campinas
assumiu um perfil mais industrial e de serviços. O pólo
industrial e de serviços especializados, bem como os institutos
de pesquisa, atraíram e atraem até hoje pessoas de
diversas origens em busca de novas oportunidades. Campinas recebeu
o carinhoso apelido de Princesa D’oeste devido ao seu progresso arrebatador,
além de se situar a oeste da capital Paulista. A menina dos
olhos da região criou finalmente a sua independência.